MONÓLOGO – “Ser ou não ser”
(personagem entra
sério e introspectivo. Caminha até o centro do palco e declama)
- “To
be or not to be, that's the question…”, ou melhor ! "Ser
ou não ser, eis a questão..."
(olha para o público e o cumprimenta muito cordial)
- Boa noite a todos!
- Muita gente repete
essa famosa frase mesmo sem saber sua origem.
- Ela pertence ao mais célebre personagem do “Bill”. Não o Bill Gates,
nem o Bill Clinton, mas o famoso Shakespeare
-
Corta!!! Bill Shakespeare?? Que isso?
(o pessoal do inglês chama os Willians de Bill):
- Sim, está frase pertence a “Hamlet”.
- Bem! Nesta peça Shakespeare apresentou uma capacidade inquietante de
atravessar os obscuros labirintos da mente humana, desnudando paixões, iluminando
desejos, apontando os grandes fantasmas que perseguem a humanidade desde
sempre.
- Éééé! O Ser humano sempre teve algumas interrogações em sua cabeça,
lógico que de acordo com seu patamar evolutivo.
- Quem é que nunca filosofou consigo mesmo acerca de sua origem e sua
destinação, heim!
- Faz parte da gente.
- Vejamos: “Ó homem,
conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.”
- Essa inscrição estava no oráculo de Delfos na Grécia, atribuída aos Sete Sábios,
muito antes de Cristo.
- Só
para se ter uma ideia, Sócrates, não o jogador...,
- JOGADOR?? Que história é essa de jogador?
- Bem.
Aquele da seleção, antigão? Foi mal.
- Só
para se ter uma ideia, Sócrates, o grande filósofo, que viveu antes de Cristo,
após ler tal inscrição, não sossegou mais.
-
Estudou profundamente o “ser”, foi condenado à morte em função de suas idéias,
pois eram perigosas para a juventude, principalmente no tocante a unicidade de
Deus, a imortalidade da alma e da vida futura.
- Com
isso vemos que nós, seres humanos, temos o gérmen da curiosidade, ou seja,
precisamos investigar as coisas que fazem parte de nossa vida.
- Alías
o que é vida?
- Para
que a vida? (pensativo)
- Ááááá´! Temos a certeza de que
fomos criados por DEUS! Siiimm! Por DEUS!
- Mas! O que é DEUS? (longa pausa)
- Esta é a pergunta nº 1 do Livro
dos Espíritos de Allan Kardec. (mostra o livro)
- Bem! Mesmo que saibamos o que é
DEUS, resta-nos a indagação, por que motivo Ele nos criou?
- Siiiiiiiim! (dramaticamente) - O que estamos fazendo aqui?!
(gesticula freneticamente com a
cabeça e com as mãos – negativamente)
- Esquece! Esquece! Se não vamos
pirar!
- Segundo alguns, Filosofia é a busca pelo conhecimento último e
primordial, a Sabedoria Total. ( pausa longa) - Profundo não?!!
- Eu ia
citar alguns filósofos que são considerados grandes, mas em minha pesquisa
descobri também que sempre existe divergência acerca dessas listas. Assim não
citarei ninguém, mas mesmo sem citá-los, podemos ter a certeza de que são
vários, de diversas correntes e sempre serão caracterizados por seus estudos
sobre o ser humano.
- Sim,
somos a criação Divina de maior importância!
- Então
posso dizer que sou o maioral. -
Éééé! (faz cara de convencido)
- Que é
isso?? No meio do texto?
- Fazemos
muitas coisas para melhorar o mundo, torná-lo mais agradável e sermos
felizes....
- Mas, o
que é ser feliz? (pausa) - O que é felicidade? (pensativo
e triste)
- Como
podemos falar em felicidade, quando a nosso redor vemos tanta miséria?
- É,
somos a mais importante criação Divina, mas também temos a certeza de que temos
livre arbítrio.
- Somos
responsáveis por tudo e ainda erramos muito.
- Achamos
que nosso planeta, lindo e maravilhoso, cheio de verde, mares e tudo mais é o
único que guarda a raça humana.
- Com
esse pensamento não vamos muito longe, logo bateremos com a cara na parede.
Parede de nossa ignorância.
- Olhamos
para o Universo através de uma minúscula janela, tão pequena que só temos uma
visão muito limitada dele. (olhando
para o alto)
- Dentro
de nossa ignorância, nossa vaidade, nosso orgulho e com nossa visão míope,
vamos nos enganando, dizendo que está tudo bem ou blasfemando e colocando a
culpa nos outros e até em Deus.
- Comparando
a vida com um período escolar, aqui na Terra podemos dizer que cursamos, no
máximo a 1ª série, mas não do nível médio e sim do fundamental, isso quando não
estamos na educação infantil.
- Na
vida, como em uma escola, nem todos são alunos, alguns são professores, já
passaram por esta escola e após o aprendizado, vêm nos ajudar.
- Assim,
abrindo nossas mentes e nossos olhos, estudando e pesquisando, vamos aprender
que não estamos sós, em nenhum momento. Precisamos estar bem com aqueles que
nos cercam, começando com os mais próximos e aos poucos estendendo nosso
relacionamento, passo a passo, até chegarmos a união de toda a humanidade.
- Utopia,
sonho, loucura?! Que achem isso! Aos poucos vamos aprendendo e colocando em
prática.
- Nosso
destino.
- Temos a
certeza de que esse nosso corpinho, lindo e maravilhoso, tem prazo de validade.
Não temos nenhuma etiqueta dando a data de seu fim, mas não podemos fugir a
esta realidade. É da natureza! As leis naturais, da matéria, mostram que a
matéria orgânica terá uma morte.
- Morte! (pausa) (abaixa a cabeça) - O que é a morte? (pausa) - Como funciona? (pensativo)
- Oh!
Como é triste a ideia de que um dia nosso corpo irá morrer!
- Tal
tristeza tem sua razão, quando pensamos que com a morte do corpo tudo se
acabará. Nossos amores, nossos sonhos, nossos conhecimentos! Tal ideia dá
arrepio, só de pensar. Não é?
- Bom!
Precisamos usar a razão e termos a certeza de que Deus nada faz de inútil.
Assim, vamos continuar, mesmo sem o nosso corpinho, lindo e maravilhoso, que
irá virar adubo, eca! OK?
- Mesmo assim,
o além túmulo ainda será um enigma.
- Ah! (alegre) - Mas hoje já podemos até ter uma ideia de
como será! É só assistir ao filme “Nosso Lar”! Coisa linda! Tudo muito bonito, branquinho,
calmo e organizado. Que maravilha, certo?
- Volta
pro texto!!
(fica
apreensivo) - Mas temos que lembrar
do “Umbral”. Nossa!! Só de imaginar fico com medo.
- Pois se
o André Luiz, que era até bonzinho, ficou 08 (oito) anos, naquele lugar
horroroso. (fica pensativo e com medo)
- Assim
você está passando idéias negativas pro pessoal.
- Não!
Não! Xô idéias negativas. (passa a
mão pela cabeça)
- Vamos
pensar em coisas positivas. Né?!
-
Positivo mesmo é podermos pensar que aquela ideia da separação eterna entre Céu
e inferno não existe. (pausa) - Sim! Pois se existisse,
a JUSTIÇA DIVINA seria uma falácia, separando definitivamente as pessoas que se
amam nesta vida
e
aniquilando o instituto do PERDÃO e do ARREPENDIMENTO, além de acabar com a
vontade de aprender e acertar.
- É isso,
podemos errar, já que ainda estamos engatinhando, mas temos novas oportunidades
para aprendermos e consertarmos os nossos erros.
- Podemos
voltar em novos corpos, de acordo com nossas necessidades. Isso sim é JUSTIÇA
DIVINA.
- Temos
convicção de que não somos o nosso corpo físico, e a certeza que somos algo maior
e que sobrevive a ele.
- O mundo
invisível coabita com este material, fazendo com que nossos irmãos que estão
desencarnados possam nos influenciar e até se comunicar conosco.
- Sim!
Alguns de nós podem, mesmo estando encarnados manter contato direto com o plano
espiritual.
- Bem
meus irmãos e amigos, buscamos aqui mostrar que existem muitas perguntas e que
só com o estudo podemos respondê-las.
- O
estudo da Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus, aqui no Grupo Espírita
Paulo e Estevão é o inicio para tais respostas.
- Sejam
bem vindos e aproveitem esta oportunidade.
- Tenham
uma boa noite.